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Após 'surto', moradora de Belford Roxo desaparece em Ipanema

domingo, abril 23, 2017

/ by Jornal Destaque Baixada

BELFORD ROXO - Uma moradora de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, está desaparecida após sofrer um 'surto psicológico'. Elizabeth Maria França Carneiro do Ó, de 50 anos, saiu de casa no último dia 11 de abril, levando um carrinho de feira, seus dois cachorros, uma mochila e uma cadeira de praia. Mais tarde, ligou para uma amiga que a convenceu a ficar na casa dela, em Ipanema. Mas, no dia seguinte, Elizabeth, que já foi diagnosticada com trantorno bipolar, saiu também da casa da amiga. E não foi mais vista.

A Polícia Civil está investigando o desaparecimento. Quem tiver informações sobre o paradeiro de Elizabeth pode entrar em contato com a Delegacia de Descoberta de Paradeiros, nos telefones: 2202-0338/ 2202-0337/ 2202-0343/ 2202-0321/ 2334-8931.

- Ela me ligou e disse que estava largando tudo, que era para eu ficar com as coisas dela e fazer o que quisesse. Dizia que alguém estava envenenando a água dela e dos cachorros. Falou que ia esvaziar a caixa d'água e desligou. Quebrou o celular com um martelo e saiu de táxi, segundo o que a vizinha me contou - relata Ana Maria de Medeiros, amiga de Elizabeth há mais de 30 anos. - Eu saí para procurá-la e recebi uma ligação dela me falando que estava na BR-101, em um táxi. Pedi que fosse para minha casa, e ela veio.

Ana Maria ainda conta que vinha tentando convencer a amiga a procurar um médico, visto que Elizabeth já havia demonstrado sinais de que não estava bem. Mas a amiga se recusava. Elizabeth já foi internada três vezes na clínica psiquiátrica Casa de Saúde Saint Roman, em Santa Teresa, na Região Central do Rio.

- Ela chegou na minha casa por volta de 1h30 da manhã (do dia12 de abril) e ficou falando que a água estava com pulga, perguntou se a água não estava envenenada. Estava em um surto. Consegui fazê-la dormir, mas seis horas depois já estava de pé. Chamei os Bombeiros, mas disseram que não poderiam levá-la para uma clínica porque ela não apresentava risco, não estava agressiva. Ela disse que só seria levada de camisa de força - descreveu Ana Maria.

Ela tentou convencer a amiga a ir até o Instituto Philippe Pinel, em Botafogo, na Zona Sul, mas a mulher se recusou. Elizabeth, então, deixou a casa de Ana Maria e não foi mais vista.

- Pedi que alguns conhecidos moradores do Morro do Cantagalo verificassem se ela estava por lá, porque viram quando ela perguntou pela vizinhança por um lugar para alugar. Mas até agora, nada. Já registramos o caso na delegacia, e estou aguardando. Ela foi vista pela última vez na Praça General Osório, no dia 13 de abril. Estava com os dois cachorros: um macho preto e uma fêmea cor de mel - contou Ana Maria.
via: Jornal extra
23/04/2017
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