Centenas de pessoas, entre amigos, parentes e colegas de farda se despediram ontem do policial militar Bruno dos Santos Leonardo, no Cemitério Municipal de Queimados. O policial, que tinha 29 anos, foi atingido com um tiro na cabeça durante um ataque de bandidos no Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio. Na ocasião, outro policial foi baleado na perna. Ao ser ferido, Bruno chegou a ser socorrido com o colega para o Hospital Quinta D’or, em São Cristóvão, mas não resistiu. Ele estava na corporação há seis anos, era casado e deixa uma filha.
Ontem à tarde, poucas horas após o enterro, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mangueira abordaram um homem suspeito de participação no ataque aos policiais da Unidade no início da semana, que resultou na morte do cabo Bruno. O detido, de 22 anos, foi encontrado em uma casa na região conhecida como Buraco Quente após uma denúncia anônima sobre seu possível esconderijo. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital, que está investigando o caso. Segundo o comando da UPP, ele já foi reconhecido pela equipe que patrulhava a comunidade no dia.
Os PMs foram atacados na base avançada do Telégrafo e o Comando de Operações Especiais (COE), precisou ser acionado para ajudar os militares. Segundo o comando da UPP, o ataque ocorreu por volta das 8h, quando os policiais trocavam de turno.
Somente nos sete primeiros meses de 2017, 89 policiais militares foram mortos. O número é superior aos 77 de todo o ano passado. O comandante-geral da Polícia Militar Wolney Dias, defendeu penas mais duras para quem matar agentes de segurança pública durante o enterro de Bruno. “Quem mata policial comete um ato terrorista”, afirmou.
via: jornal de hoje
20/07/2017
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